23 de abril de 2024
Utilização Integral dos Alimentos
Os alimentos que serão mencionados são os alimentos in natura, que de acordo com o “Guia alimenta...
Saiba mais
Com a COP30 marcada para 2025 em Belém, cresce a atenção para soluções climáticas e a nutrição é parte fundamental dessa agenda
As mudanças climáticas representam uma das principais ameaças à vida no planeta e à saúde pública global, e a Nutrição tem um papel importante nesse cenário. Anualmente, mais de 190 países se reúnem na Conferência das Partes (COP), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), para debater e estabelecer soluções coletivas diante da crise climática, tendo como objetivo revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados pelas Partes. Com base nessas informações, a COP avalia os efeitos das medidas tomadas pelas Partes e o progresso alcançado na consecução do objetivo final da Convenção.
Sua composição se alterna entre as cinco regiões reconhecidas da ONU - África, Ásia, América Latina e Caribe e Europa Ocidental, tendo como tendência a alternância entre esses grupos para sediar a conferência.
Falar de COP é falar de sustentabilidade, segurança alimentar, produção responsável e justiça social. A forma como produzimos, distribuímos e consumimos alimentos está diretamente ligada à emissão de gases de efeito estufa, à perda de biodiversidade e à pressão sobre os ecossistemas naturais.
A Nutrição, portanto, não está à margem das discussões climáticas, ela está no centro delas. Cadeias alimentares mais sustentáveis, com base na agricultura familiar e diversidade cultural e nutricional, são fundamentais para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. E os Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética possuem um papel essencial nesse processo, atuando com ética, responsabilidade e compromisso social.
COP30 no Brasil
Em 2025, a 30ª edição da COP será realizada na cidade de Belém (PA), marcando um momento histórico para o país. A conferência chega com a expectativa de fortalecer compromissos internacionais e rever metas climáticas, num contexto em que os impactos das mudanças no clima já são visíveis em todas as regiões do planeta.
Principais objetivos da COP 30:
Realizar um balanço dos 10 anos do Acordo de Paris;
Rever os compromissos de quase 200 países;
Propor metas ainda mais ambiciosas para conter o aquecimento global em até 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
COP29: Uma baixa na história das conferências
A COP 29 em Baku, Azerbaijão, foi considerada decepcionante no empenho dos debates e acordos realizados entre os estados participantes. A frustração se deu principalmente em relação aos países com forte poder econômico, que aceitaram fornecer US$ 300 bilhões por ano para ações de mudanças climáticas no mundo, mas, não cumpriram no prazo estipulado anteriormente, onde era previsto US$ 100 bilhões anuais para as ações e não foi atingido a tempo, causando uma má reputação nos acordos financeiros da edição anterior e de outras COPs. A enviada climática das Ilhas Marshall,Tina Stege, fala: ‘’Estamos saindo com uma pequena parcela do financiamento que os países vulneráveis ao clima precisam urgentemente. Não é nem de longe o suficiente, mas é um começo’’, mostrando que apesar do grande movimento por trás das conferências globais, ainda há muito a ser feito.
No entanto, o desafio não é novo e os marcos das edições anteriores da COP mostram uma trajetória de avanços e entraves:
Principais aspectos das COPs ao longo dos anos
COP1 (1995 – Berlim, Alemanha): Marcou o início formal das negociações entre países sobre metas e prazos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, especialmente por nações desenvolvidas.
COP3 (1997 – Quioto, Japão): Criação do Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 2005 e estabeleceu metas obrigatórias de redução de emissões para países industrializados. O primeiro compromisso previa uma redução média de 5% (2008–2012); o segundo, de pelo menos 18% (2013–2020), em relação aos níveis de 1990.
COP10 (2004 – Buenos Aires, Argentina): Já sendo sede no ano de 1998, a argentina seguiu sendo o primeiro país da América do Sul a ser palco de uma COP. A edição destacou a adesão da Rússia ao Protocolo de Quioto e o avanço brasileiro com o lançamento do primeiro Inventário Nacional de Emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa), organizado por unidade federativa.
COP15 (2009 – Copenhague, Dinamarca): Focou em temas florestais e financiamento climático. Foi assinado o Acordo de Copenhague, com metas voluntárias para limitar o aumento da temperatura global a 2°C e o compromisso de US$ 100 bilhões/ano até 2020 para apoiar países em desenvolvimento. A meta, porém, só foi atingida em 2022.
COP21 (2015 – Paris, França): Adotou o Acordo de Paris, substituindo o Protocolo de Quioto. O tratado definiu o limite de 1,5°C como objetivo central e instituiu as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) - compromissos voluntários que cada país assume para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas.
COP26 (2021 – Glasgow, Reino Unido): A primeira COP após a pandemia da COVID-19, reforçou a urgência climática e atualizou as NDCs. Novas iniciativas e coalizões foram criadas, mas os países mais ricos ainda não haviam cumprido o compromisso dos US$ 100 bilhões/ano.
COP29 (2024 – Baku, Azerbaijão): Marcada por frustrações diante da baixa ambição climática de países centrais. Um fundo de US$ 300 bilhões anuais foi anunciado, mas o histórico de descumprimento dos acordos anteriores, como o próprio compromisso de Copenhague, minou a confiança na cooperação internacional.
Compromisso com a ação climática
O Conselho Regional de Nutrição - 3ª Região (SP/MS) reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a agenda climática. Desde 2022, o CRN-3 disponibiliza a cartilha “A Nutrição e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, que apresenta contribuições práticas da profissão para alcançar as metas da Agenda 2030 da ONU. O CRN-3 também esteve presente no evento pré COP30 realizado em Belém e promovido pelo CFN no mês de maio, sinalizando a importância da atuação integrada da categoria em políticas públicas voltadas à saúde do planeta.
Diante do que está por vir, reforça-se: não há justiça climática sem segurança alimentar, e não há segurança alimentar sem Nutrição.
23 de abril de 2024
Utilização Integral dos Alimentos
Os alimentos que serão mencionados são os alimentos in natura, que de acordo com o “Guia alimenta...
Saiba mais23 de abril de 2024
Comida já passou da validade, posso comer ?
Apesar das inúmeras discussões sobre a validade dos alimentos, não temos outro caminho a seguir! ...
Saiba mais23 de abril de 2024
Lavagem de vegetais
As hortaliças também podem ser um veículo de transmissão de doenças se estiverem contaminadas com...
Saiba mais23 de abril de 2024
Comida quente na geladeira, pode ?
Antigamente nossas mães ou avós deixavam a comida esfriar totalmente nas panelas, geralmente em c...
Saiba maisCidadão