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Leite Materno: Fonte de Vida e Esperança

Leite Materno: Fonte de Vida e Esperança

19 de maio de 2025 Aproveite!

 

Você sabia que o leite materno pode reduzir em até 13% a mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos? Além de ser a primeira e mais completa alimentação humana, ele é fundamental para o desenvolvimento físico, emocional e imunológico dos bebês–especialmente os prematuros e de baixo peso que estão internados em UTIs neonatais.


Entre os dias 19 e 21 de maio, celebramos duas datas fundamentais para a saúde pública, para os direitos das crianças e para a solidariedade humana: o Dia Mundial de Doação de Leite Humano (19/05) e o Dia Mundial de Proteção do Aleitamento Materno (21/05). Embora distintas, essas datas se entrelaçam em uma missão comum: valorizar o leite materno como alimento essencial, insubstituível e capaz de salvar vidas.

No Dia Mundial de Doação de Leite Humano, celebrado em 19 de maio, o foco está em um gesto simples, mas com um impacto imenso: Doar leite materno salva vidas. Isso porque uma única doadora pode ajudar até 10 recém-nascidos por dia com apenas um frasco de leite!


Com o objetivo de estimular as doações, sensibilizando mulheres que amamentam a se tornarem doadoras, o Ministério da Saúde lançou a campanha nacional de 2025: "Doação de Leite Humano: um gesto humanitário que alimenta esperança". A iniciativa reforça a importância do leite materno como uma forma de contribuir para o alcance do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 – Saúde e Bem-Estar, adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para um desenvolvimento sustentável até 2030. 

Por que doar leite materno?

O leite materno é insubstituível:

  • Protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias;

  • Reduz em até 13% a mortalidade infantil;

  • Diminui riscos futuros de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

 

No Brasil, cerca de 340 mil bebês por ano nascem prematuros ou com baixo peso, muitos deles necessitando de leite doado para sobreviver. Em 2024, 193 mil mulheres doaram mais de  245 mil litros de leite, ajudando diretamente 219 mil recém-nascidos. “Muitas vezes as mães de bebês prematuros não conseguem ofertar o seu próprio leite e o leite doado por outras mães podem ajudar esses bebês. Em todas as unidades de saúde, mesmo já durante o pré-natal, as mulheres devem ser orientadas e apoiadas sobre como amamentar e a importância da doação de leite excedente para bebês internados”, explica Osvaldinete Lopes, doutora em nutrição em saúde pública, conselheira do CRN-3 e membro integrante da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar - IBFAN


Ainda de acordo com Lopes, nas maternidades as mães devem ser ensinadas como  extrair  seu próprio leite manualmente, como armazenar e doar ao Banco de Leite mais próximo da casa delas.



Para a nutricionista e conselheira do CRN-3, Laura Alonso, o banco de leite foi um apoio fundamental para ela e o seu bebê. “Quando meu filho nasceu, ele precisou ficar um tempo na UTI neonatal. Eu recebi alta, mas ele não. Felizmente, no meu plano de parto eu havia deixado registrado que, se necessário, ele deveria ser alimentado com leite do banco de leite humano — e isso foi essencial. Eu pude tirar leite ali e garantir que ele continuasse recebendo o meu leite mesmo à distância. Estávamos no auge da pandemia, e além do susto com o parto, tudo era muito incerto. Ter esse recurso previsto e disponível me deu tranquilidade para ir para casa, descansar um pouco e cuidar da minha saúde, sabendo que ele estava sendo alimentado com segurança. O banco de leite foi parte importante do nosso vínculo nesse início tão desafiador”.



Proteger a amamentação é dever de todos


Mas doar leite é só uma parte da equação. Também precisamos proteger a amamentação de influências que colocam em risco esse processo natural e vital. Em 21 de maio de 1981, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (OMS/UNICEF), um marco global para combater o marketing abusivo de fórmulas infantis, mamadeiras, bicos e chupetas.

No Brasil, esse compromisso foi traduzido na Lei nº 11.265/2006 e na Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância - NBCAL, regulamentada pela ANVISA e por um decreto presidencial. A NBCAL estabelece regras claras para impedir a publicidade enganosa e para garantir que todas as mães tenham acesso à informação correta sobre os benefícios da amamentação e os riscos da substituição desnecessária.

Infelizmente, as estratégias de marketing digital têm desrespeitado essas normas com cada vez mais frequência, promovendo produtos que interferem na amamentação sob o disfarce de conteúdo informativo, parcerias com influenciadores e promoções disfarçadas de apoio. Isso é ilegal, antiético e perigoso. Cabe às autoridades sanitárias, aos profissionais de saúde e à sociedade civil - como faz a rede IBFAN Brasil - denunciar, monitorar e fiscalizar esses abusos.


Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH-BR)



O Brasil possui a maior e mais estruturada rede de bancos de leite humano do mundo, com 222 unidades espalhadas por todos os estados e 217 postos de coleta. Referência internacional, a rede combina tecnologia, qualidade e baixo custo, e existe graças a políticas públicas de incentivo à amamentação.



O primeiro BLH do Brasil foi implantado em outubro de 1943 no então Instituto Nacional de Puericultura, atualmente Instituto Fernandes Figueira (IFF). O seu principal objetivo era coletar e distribuir leite humano visando atender os casos considerados especiais, a exemplo da prematuridade, perturbações nutricionais e alergias a proteínas heterólogas. 



Qualquer quantidade de leite materno doada pode ajudar. Para se ter uma ideia, 1 ml de leite já é suficiente para nutrir um recém-nascido a cada refeição, dependendo do peso. Cada pote de 300ml de leite materno humano pode ajudar até 10 recém-nascidos por dia.



Conforme explica a Dra. Osvaldinete, todo o leite humano doado é pasteurizado, e passa por um rígido controle de qualidade com análises microbiológicas para garantir a segurança do alimento. Só depois é porcionado e distribuído aos bebês internados conforme prescrição médica. 

 

Como doar leite materno



Toda mulher que amamenta e está saudável pode ser uma doadora. Basta procurar o banco de leite mais próximo pelo telefone 136 ou no site da rBLH-BR, consulte aqui, para receber orientações. A coleta é simples, segura e pode ser feita em casa, com o apoio dos bancos.

 

Um pacto social pela vida


Promover a doação de leite humano e proteger o aleitamento materno não são ações isoladas, mas partes de um pacto coletivo pela vida. Envolvem a mãe, a família, os profissionais de saúde, o poder público, os meios de comunicação e toda a sociedade.


Quando celebramos essas datas em maio, não apenas homenageamos as mulheres que doam leite ou que enfrentam os desafios da amamentação - nós também renovamos o compromisso de criar um ambiente que respeita, apoia e protege a amamentação, livre de pressões econômicas e manipulações comerciais.


Leite materno não é só alimento. É vínculo, é saúde, é desenvolvimento. E quando compartilhado, é também solidariedade e amor em sua forma mais pura.



Semana Mundial de Amamentação 2025

Rede global de indivíduos e organizações dedicadas à proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno em todo o mundo, A World Alliance for Breastfeeding Action (WABA), anualmente, coordena e organiza a Semana Mundial de Aleitamento Materno (WBW) entre 1 e 7 de agosto.


Neste ano, o evento #SMAM2025 terá como foco o meio ambiente e as mudanças climáticas. A iniciativa destacará nossos papéis no apoio à amamentação para criar um ambiente sustentável e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto das mudanças climáticas causadas pela alimentação artificial. O tema está alinhado com a Área Temática 3 da campanha SMAM-ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 2030.


Clique aqui e acesse o material informativo Priorizemos a Amamentação. Construindo sistemas de apoio sustentáveis.

 



* Com informações da IBFAN Brasil 

 

 



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